Nos últimos 25 anos, a comunicação corporativa e o jornalismo passaram por transformações profundas, impulsionadas por avanços tecnológicos e pela mudança no comportamento dos consumidores. Hoje, vivemos em um cenário onde a inteligência artificial (IA) e a multiplicidade de canais de comunicação redefinem a maneira como as empresas e as pessoas se conectam. Nesse contexto, a humanização das mensagens e o entendimento profundo do público-alvo tornaram-se essenciais para uma comunicação eficaz e relevante.
Com a proliferação de plataformas digitais, as empresas agora têm à disposição uma vasta gama de canais para se comunicar: redes sociais, blogs, newsletters, vídeos, podcasts, entre outros. Essa diversidade oferece oportunidades sem precedentes, mas também impõe desafios significativos. Como escolher o canal certo? Como garantir que a mensagem chegue ao público de forma clara e envolvente?
A resposta está na compreensão detalhada do público. É como descreve David Ogilvy, considerado o pai da publicidade moderna: “não conte apenas com a sua própria sabedoria, mas aprenda o máximo que puder sobre as pessoas com quem você está se comunicando”.
Para escolher o canal certo e a abordagem correta, é fundamental conhecer profundamente o público com quem se deseja falar – suas preferências, dores e expectativas. Cada canal tem seu público, seu tom, e sua forma de consumo. A comunicação em um canal deve ser moldada de acordo com suas características para garantir que a mensagem seja não apenas recebida, mas também compreendida e apreciada.
O advento da IA trouxe consigo a capacidade de personalizar a comunicação em uma escala inimaginável há poucas décadas. Ferramentas de IA permitem que as empresas analisem grandes volumes de dados, identifiquem padrões de comportamento e personalizem mensagens de forma quase individual.
O futuro da comunicação corporativa está diretamente ligado à capacidade das empresas de combinar tecnologia e humanização. A IA e os diferentes canais de comunicação são ferramentas poderosas, mas devem ser usados com sabedoria. O foco deve ser sempre criar mensagens que ressoem com o público, que toquem o ser humano por trás da tela.
Vivemos um momento único, no qual o diálogo entre as pessoas, facilitado pela tecnologia, pode ser uma força poderosa para o bem, desde que seja conduzido com empatia, clareza e respeito. A verdadeira eficácia da comunicação não está em quantas pessoas foram alcançadas, mas em quantas foram realmente tocadas pela mensagem.
Em suma, a comunicação no contexto atual requer um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a essência humana. Como profissionais da área, é nosso dever garantir que a tecnologia amplifique – e não diminua – nossa capacidade de nos conectarmos de maneira significativa com nossos públicos.
Artigo publicado com exclusividade na coluna mensal da jornalista Carolina Denardi para o OCI – Observatório da Comunicação Institucional. Clique e leia mais.