Pessoas me interessam! 

As pessoas me interessam. Parte por eu ser jornalista ou talvez eu seja jornalista porque histórias de pessoas me interessam, enfim, seja para narrar ou ouvir, fato é que pessoas estão no meu DNA, bem como relacionamentos.

Uma vez, num desses testes dirigidos a identificar habilidades, a diplomacia apareceu como uma das características mais evidentes e, a partir daí, passei a olhar minha característica de sempre tentar aproximar ou promover o diálogo.

Não por acaso – e sou grata por isso -, minha profissão como jornalista me trouxe para o papel que exerço profissionalmente hoje, conectando pessoas por meio da comunicação, mas agora não exclusivamente via imprensa, mas também em outros canais de interação.

Falando em pessoas… a Inteligência Artificial está aí propondo conversas e cumprindo seu papel em trazer agilidade em novas versões, em linha às demandas dos tempos modernos, mas há uma característica que nós humanos somos natos em driblar e que faz bugar a IA: a imprevisibilidade.

Está aí nossa vantagem. Além da emoção, nossa capacidade humana em lidar com imprevistos é exclusividade nossa. A vida é cheia de imprevistos e lidar com eles é sobrevivência.

Aliás, o que é a vida senão movimento e o que dá tempero a ela senão as surpresas, os aprendizados, o cair, levantar e refletir etc. etc. etc.

Há pouco mais de um mês, a principal plataforma de aplicação de Inteligência Artificial para acelerar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, chamada de ITU, da sigla em inglês para a agência das Nações Unidas para tecnologia da informação e comunicação, reuniu em conferência mais de 6 mil participantes e aproximadamente 100 palestrantes em torno do tema, dentre eles : Yuval Noah Harari, professor israelense de História e autor do best-seller internacional “Sapiens: uma breve história da humanidade”, “Homo Deus: uma breve história do amanhã” e “21 lições para o século 21”, e Stuart Russel, professor na Universidade da Califórnia em Berkeley, que foi vice-presidente do Conselho de IA e Robótica do Fórum Econômico Mundial.

Ambos os especialistas na ocasião foram unânimes: “a incerteza nos dá poder sobre as máquinas”. Ou seja, a imprevisibilidade do mundo é vantajosa para os seres humanos.

Eles até querem, mas o pensar com as sinapses perfeitas do nosso cérebro, só mesmo nós humanos.

Honrar nossa mistura única de valores, experiência de vida e como driblamos os imprevistos em nossa vida é o que traz vida à forma de nos comunicarmos. Podemos usar a IA, claro que sim, mas sem deixarmos de fazer a curadoria da história e dar vida ao discurso, porque essa é a comunicação que promove conexão entre as pessoas e gera de fato engajamento. Consideremos sempre isso!

Por, Carolina Denardi para o Observatório da Comunicação Institucional. Saiba mais clicando aqui

Vamos nos conectar?

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